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JESUS CRISTO: da aclamação enquanto rei para a cruz – do sepulcro para a ressurreição

05 / abr / 2012

Este é Jesus de Nazaré, Deus feito homem, Filho do Altíssimo enviado pelo Pai para redimir a humanidade do pecado e salvar a todos por amor. O Emanuel veio cumprir Sua missão e foi de fato sinal de contradição para muitos.

É impossível não acreditar e se maravilhar com este Deus feito homem. Vejamos o quanto Nosso Senhor Jesus mexeu conosco. No Domingo de Ramos, testemunhamos os gritos e gestos de saudação ao Cristo que aclamaram VIVA O REI DOS JUDEUS! Logo Jesus, o Deus menino que nasceu em condições tão precárias, negando as pompas do reinado terreno e reafirmando Suas sábias palavras quando disse: O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO! O povo mais uma vez errou e foi manipulado pelos que detêm o poder. Aclamar Jesus Rei dos Judeus é fazer justamente o que Jesus não queria – enaltecê-Lo diante de todos, honrando-O com os lábios, mas tendo os corações distantes do Mestre. As mesmas bocas que gritaram “Viva o rei dos judeus” serviram como clamor injusto pela morte e crucificação do Senhor.As mesmas mãos que levantaram-se para com mantos e ramos exaltar o Cristo Rei se prestaram a indicar como seria a Sua morte. SERÁ QUE NÃO FAZEMOS A MESMA COISA COM JESUS CRISTO EM NOSSOS DIAS? SERÁ QUE NAS CELEBRAÇÕES E NOS LOUVORES O EXALTAMOS COMO REI DA NOSSA VIDA E NO DIA-A-DIA O CONDENAMOS À MORTE PELO PECADO SEM O ARREPENDIMENTO NECESSÁRIO?

Da aclamação enquanto rei para a cruz. Esta foi verdadeiramente a trajetória de Jesus de Nazaré. Sua aclamação pelo povo transformou-se em Sua condenação tão injusta. Quando Pilatos perguntou-Lhe se Ele era de fato o Rei dos Judeus, Jesus lhe respondeu com o silêncio revelador da verdade e com as palavras sábias de quem não tem medo da injustiça: TU O DIZES QUE EU SOU! Na verdade Jesus sempre foi este Rei – a Pedra angular rejeitada pelos judeus. Mas, ironicamente, esta verdade inquestionável se tornou sinal de blasfêmia e contraversão para os Romanos e os Judeus, achavam eles, os poderosos, que Jesus estava de olho no poder e em tudo o que este poder terreno poderia lhe proporcionar; não entenderam que o Reino de Jesus estava na linha do serviço e do amor – QUEM QUISER SER O PRIMEIRO E O MAIOR DE TODOS SEJA AQUELE QUE SERVE! Os soltados se encarregaram de aproveitar o clamor do povo – “Viva o rei dos judeus”- para gravar em Sua cabeça uma coroa de espinhos.Zombavam do Mestre com gestos e palavras que Lhe negavam a dignidade mínima de um ser humano, questionando Seu reinado e forjando uma honraria inexistente. A cruz tornou-se Sua companhia em meio aos ultrajes, a humilhação agora era o Seu escudo, os que o aclamaram rei contribuíram para a Sua Paixão e Morte.

Da cruz seguiu o calvário, do calvário se consolidou a morte e da morte veio o sepultamento – TUDO ESTÁ CONSUMADO! PAI EM TUAS MÃOS ENTREGO MEU ESPÍRITO! Estas palavras expressam a dor de quem só fez amar, e por amor se consumiu no pendão da cruz e na frieza do sepulcro. A morte de Cristo é a morte do pecado e da dor. Nosso Deus matou a morte, fez justiça aos injustiçados, redimiu o Seu povo e cumpriu Sua missão. Os dias nos quais Jesus passou na mansão dos mortos foram dias oportunos para que, em meio à escuridão, a cortina do templo pudesse se rasgar e tivéssemos a graça de constatar: ESTE ERA DE FATO O FILHO DE DEUS!

Do sepulcro para a ressurreição. Está aqui o fundamento da nossa fé, segundo São Paulo. A morte jamais poderia calar aquele que tanto pregou nas sinagogas, nas casas e em todos os lugares. A morte não seria capaz de fazer morrer Aquele que é o CAMINHO, A VERDADE E VIDA! A escuridão não tem e nem terá força alguma diante Daquele que é A LUZ. Como não acreditar na vida em plenitude que o próprio Jesus nos promete: EU VIM PARA QUE TODOS TENHAM VIDA E VIDA EM PLENITUDE!se Ele mesmo, vencendo a morte, nos reafirma Sua força e Seu poder? Os que detinham os poderes terrenos da política, da economia e da religião, não conseguiram calar o maior de todos os profetas.

Aquele que muitas vezes disse palavras fortes para defender a verdade e a justiça agora triunfa glorioso. O Pai honra o Filho, faz Dele um sinal perfeito diante das imperfeições humanas. No domingo, dia do Senhor, não tinha como ver entre os mortos AQUELE QUE VIVE! Toda a lei e os profetas estão justificados no ressuscitado. A esperança dos pobres e pequeninos encontra na ressurreição do amado Mestre a solidez para toda a missão. Deus, em nenhum instante, se esquece do pecador. No Senhor temos nossa salvação.

Portanto, o mundo precisa sentir isto. Não digo ouvir isto, por que há muitos anunciando com os lábios e negando coma vida. Necessitamos de homens e mulheres que, vivendo o cristianismo autêntico, sejam qualificados para a luz do amor e da justiça fazer o mundo acreditar em tudo isto. A Igreja de Jesus Cristo, em sua missão evangelizadora, tem que assumir um papel claro e eficaz diante da realidade que grita. Jesus de Nazaré precisa ser conhecido, amado e experienciado pela humanidade. O grito da cruz deverá anunciar a força estupenda da ressurreição de um Deus que não desiste de nós. Feliz e verdadeira Páscoa. Passemos dos nossos sepulcros para a plenitude da vida e não nos esqueçamos do amor que sangrou na cruz e pela ação do Santo Espírito continua a ser derramado entre nós.

Edgley Cassiano Delgado

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